Base Doutrinária do que Cremos 1º) A aceitação das Escrituras Sagradas como única regra de fé e conduta; 2º) O conceito de Igreja como sendo uma comunidade local democrática e autônoma, formada de pessoas regeneradas e biblicamente batizadas; 3º) A separação entre Igreja e Estado. 4º) A absoluta liberdade de consciência. 5º) A responsabilidade individual diante de Deus. 6º) A autenticidade e apostolicidade das Igrejas. I- Escrituras Sagradas A Bíblia é a Palavra de Deus em linguagem humana. 1 – É o registro da revelação que Deus fez de si mesmo aos homens; 2 – Sendo Deus seu verdadeiro autor, foi escrita por homens inspirados e dirigidos pelo Espírito Santo; 3 – Tem por finalidade revelar os propósitos de Deus, levar os pecadores à salvação, edificar os crentes e promover a glória de Deus; 4 – Seu conteúdo é a verdade, sem mescla de erro, e por isso é um perfeito tesouro de instrução divina; 5 – Revela o destino final do mundo e os critérios pelo qual Deus julgará todos os homens; 6 – A Bíblia é a autoridade única em matéria de religião, fiel padrão pelo qual devem ser aferidas as doutrinas e a conduta dos homens; 7 – Ela deve ser interpretada sempre à luz da pessoa e dos ensinos de Jesus Cristo. II- Deus O único Deus vivo e verdadeiro é Espírito pessoal, Eterno, Infinito e Imutável; é Onipotente, Onisciente, e Onipresente; é perfeito em Santidade, Justiça, Verdade e Amor. 1 – Ele é o Criador, Sustentador, Redentor, Juiz e Senhor da história e do universo, que governa pelo Seu poder, dispondo de todas as coisas, de acordo com o Seu eterno propósito e graça; 2 – Deus é infinito em santidade e em todas as demais perfeições; 3 – Por isso, a Ele devemos todo o amor, culto e obediência; 4 – Em sua triunidade, o eterno Deus se revela como Pai, Filho e Espírito Santo, pessoas distintas mas sem divisão em sua essência. 1- Deus Pai Deus, como Criador, manifesta disposição paternal para com todos os homens. 1 – Historicamente, Ele se revelou primeiro como Pai ao povo de Israel, que escolheu consoante os propósitos de Sua graça; 2 – Ele é Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, a quem enviou a este mundo para salvar os pecadores e deles fazer filhos por adoção; 3 – Aqueles que aceitam a Jesus Cristo e nele creem são feitos filhos de Deus, nascidos pelo Seu Espírito, e, assim, passam a tê-lo como Pai celestial, dele recebendo proteção e disciplina. 2 – Deus Filho Jesus Cristo, um em essência com o Pai, é o eterno Filho de Deus. 1 – Nele, por Ele e para Ele foram criadas todas as coisas; 2 – Na plenitude dos tempos, Ele se fez carne, na pessoa real e histórica de Jesus Cristo, gerada pelo Espírito Santo e nascido da Virgem Maria, sendo, em Sua pessoa, verdadeiro Deus e verdadeiro homem; 3 – Jesus é a imagem expressa do seu Pai, a revelação suprema de Deus ao homem; 4 – Ele honrou e cumpriu plenamente a lei divina e revelou e obedeceu toda a vontade de Deus; 5 – Identificou-se perfeitamente com os homens, sofrendo o castigo e expiando a culpa de nossos pecados, conquanto Ele mesmo não tivesse pecado; 6 – Para salvar-nos do pecado, morreu na cruz, foi sepultado e ao terceiro dia ressurgiu dentre os mortos e, depois de aparecer muitas vezes a seus discípulos, ascendeu aos céus, onde, à destra do Pai, exerce o Seu eterno sumo sacerdócio. 7 – Jesus Cristo é o único Mediador entre Deus e os homens e o Único e Suficiente Salvador e Senhor; 8 – Pelo seu Espírito ele está presente e habita no coração de cada crente e na Igreja; 9 – Ele voltará visivelmente a este mundo em grande poder e glória, para julgar os homens e consumar sua obra redentora. 3 – Deus Espírito Santo O Espírito Santo, um em essência com o Pai e com o Filho, é pessoa divina. 1 – É o Espírito da verdade; 2 – Atuou na criação do mundo e inspirou os homens a escreverem as Sagradas Escrituras; 3 – Ele ilumina os homens e os capacita a compreenderem a verdade divina; 4 – No dia de Pentecostes, em cumprimento final da profecia e das promessas quanto à descida do Espírito Santo, Ele se manifestou de maneira singular, quando os primeiros discípulos foram batizados no Espírito, passando a fazer parte do Corpo de Cristo, que é a Igreja. Suas outras manifestações, constantes no livro Atos dos Apóstolos, confirmam a evidência de universalidade do dom do Espírito Santo a todos os que creem em Cristo; 5 – O recebimento do Espírito Santo sempre ocorre quando os pecadores se convertem a Jesus Cristo, que os integra, regenerados pelo Espírito, à Igreja; 6 – Ele dá testemunho de Jesus Cristo e o glorifica; 7 – Convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo; 8 – Opera a regeneração do pecador perdido; 9 – Sela o crente para o dia da redenção final; 10 – Habita no crente; 11 – Guia-o em toda a verdade; 12 – Capacita-o a obedecer a vontade de Deus; 13 – Distribui dons aos filhos de Deus para a edificação do Corpo de Cristo e para o ministério da Igreja no mundo; 14 – Sua plenitude e seu fruto na vida do crente constituem condições para uma vida cristã vitoriosa e testemunhante. III – O Homem Por um ato especial, o homem foi criado por Deus à Sua imagem e conforme a Sua semelhança e disso decorrem o seu valor e dignidade. 1 – Seu corpo foi feito do pó da terra e para o mesmo pó há de voltar; 2 – Seu espírito procede de Deus e para ele retornará; 3 – O criador ordenou que o homem domine, desenvolva e guarde a obra criada; 4 – Criado para a glorificação de Deus; 5 – Seu propósito é amar, conhecer e estar em comunhão com seu Criador, bem como cumprir Sua divina vontade; 6 – Ser pessoal e espiritual. O homem tem capacidade de perceber, conhecer e compreender, ainda que em parte, intelectual e experimentalmente, a verdade revelada, e tomar suas decisões em matéria religiosa, sem mediação, interferência ou imposição de qualquer poder humano, seja civil ou religioso; IV – O Pecado No princípio, o homem vivia em estado de inocência e mantinha perfeita comunhão com Deus. 1 – Mas, cedendo à tentação de Satanás, num ato livre de desobediência contra seu Criador, o homem caiu no pecado e assim perdeu a comunhão com Deus e dele ficou separado; 2 – Em consequência da queda de nossos primeiros pais, todos somos, por natureza, pecadores e inclinados à prática do mal; 3 – Todo pecado é cometido contra Deus, Sua pessoa, Sua vontade e Sua lei; 4 – Mas o mal praticado pelo homem atinge também o seu próximo; 5 – O pecado maior consiste em não crer na pessoa de Jesus Cristo, o Filho de Deus, como salvador pessoal; 6 – Como resultado do pecado, da incredulidade e da desobediência do homem contra Deus, ele está sujeito à morte e à condenação eterna, além de se tornar inimigo do próximo e da própria criação de Deus; 7 – Separado de Deus, o homem é absolutamente incapaz de salvar-se a si mesmo e assim depende da graça de Deus para ser salvo; V – Salvação A salvação é outorgada por Deus pela Sua graça, mediante arrependimento do pecador e da sua fé em Jesus Cristo como único Salvador e Senhor. 1 – O preço da redenção eterna do crente foi pago de uma vez por Jesus Cristo, pelo derramamento do seu sangue na cruz; 2 – A salvação é individual e significa a redenção do homem na inteireza do seu ser; 3 – É um dom gratuito que Deus oferece a todos os homens e que compreende a regeneração, a justificação, a santificação e a glorificação. A regeneração é o ato inicial da salvação em que Deus faz nascer de novo o pecador perdido, fazendo dele uma nova criatura em Cristo. É obra do Espírito Santo em que o pecador recebe o perdão, a justificação, a adoção como filho de Deus, a vida eterna e o dom do Espírito Santo. Nesse ato o novo crente é batizado no Espírito Santo, é por Ele selado para o dia da redenção final e é liberto do castigo eterno dos seus pecados. 1 – Há duas condições para o pecador ser regenerado: arrependimento e fé. O arrependimento implica mudança radical do homem interior, por força do que ele se afasta do pecado e se volta para Deus. A fé é a confiança e aceitação de Jesus Cristo como Salvador e a total entrega da personalidade a ele por parte do pecador. 2- Nessa experiência de conversão o homem perdido é reconciliado com Deus, que lhe concede perdão, justiça e paz. A justificação, que ocorre simultaneamente com a regeneração, é o ato pelo qual Deus, considerando os méritos do sacrifício de Cristo, absorve, no perdão, o homem de seus pecados e o declara justo, capacitando-o para uma vida de retidão diante de Deus e de correção diante dos homens. Essa graça é concedida não por causa de quaisquer obras meritocratas praticadas pelo homem mas por meio de sua fé em Cristo. A santificação é o processo que, principiando na regeneração, leva o homem à realização dos propósitos de Deus para sua vida e o habilita a progredir em busca da perfeição moral e espiritual de Jesus Cristo, mediante a presença e o poder do Espírito Santo que nele habita. Ela ocorre na medida da dedicação do crente e se manifesta através de um caráter marcado pela presença e pelo fruto do Espírito, bem como por uma vida de testemunho fiel e serviço consagrado a Deus e ao próximo. A glorificação é o ponto culminante da obra da salvação. É o estado final, permanente, da felicidade dos que são redimidos pelo sangue de Cristo. VI – Eleição Eleição é a escolha feita por Deus, em Cristo, desde a eternidade, de pessoas para a vida eterna, não por qualquer mérito, mas segundo a riqueza da sua graça. 1 – Antes da criação do mundo, Deus, no exercício da Sua soberania divina e à luz de Sua presciência de todas as coisas, elegeu, chamou, predestinou, justificou e glorificou aqueles que, no correr dos tempos, aceitariam livremente o dom da salvação; 2 – Ainda que baseada na soberania de Deus, essa eleição está em perfeita consonância com o livre-arbítrio de cada um e de todos os homens; 3 – A salvação do crente é eterna. Os salvos perseveram em Cristo e estão guardados pelo poder de Deus; 4 – Nenhuma força ou circunstância tem poder para separar o crente do amor de Deus em Cristo Jesus; 5 – O novo nascimento, o perdão, a justificação, a adoção como filhos de Deus, a eleição e o dom do Espírito Santo asseguram aos salvos a permanência na graça da salvação; VII – Reino de Deus O Reino de Deus é o domínio soberano e universal de Deus e é eterno. 1 – É também o domínio de Deus no coração dos homens que, voluntariamente, a Ele se submetem pela fé, aceitando-o como Senhor e Rei. É, assim, o reino invisível nos corações regenerados que opera no mundo e se manifesta pelo testemunho dos seus súditos; 2 – A consumação do reino ocorrerá com a volta de Jesus Cristo, em data que só Deus conhece, quando o mal será completamente vencido e surgirão o novo céu e a nova terra para a eterna habitação dos remidos com Deus; VIII – Igreja Igreja é uma congregação local de pessoas regeneradas e batizadas após profissão de fé. É nesse sentido que a palavra “igreja” é empregada no maior número de vezes nos livros do Novo Testamento. 1 – Tais congregações são constituídas por livre vontade dessas pessoas com finalidade de prestarem culto a Deus, observarem as ordenanças de Jesus, meditarem nos ensinamentos da Bíblia para a edificação mútua e para a propagação do evangelho; 2 – As Igrejas neotestamentárias são autônomas, têm governo democrático, praticam a disciplina e se regem em todas as questões espirituais e doutrinárias exclusivamente pelas palavras de Deus, sob a orientação do Espírito Santo; 3 – Há nas Igrejas, segundo as Escrituras, duas espécies de oficiais: pastores e diáconos. As Igrejas devem relacionar-se com as demais Igrejas da mesma fé e ordem e cooperar, voluntariamente, nas atividades do Reino de Deus. O relacionamento com outras entidades, quer seja de natureza eclesiástica ou outra, não deve envolver a violação da consciência ou o comprometimento da lealdade a Cristo e sua palavra. Cada Igreja é um templo do Espírito Santo; 4 – Há também no Novo Testamento um outro sentido da palavra “igreja”, em que ela aparece como a reunião universal dos remidos de todos os tempos, estabelecida por Jesus Cristo e sobre ele edificada, constituindo-se no corpo espiritual do Senhor, do qual Ele mesmo é a cabeça. Sua unidade é de natureza espiritual e se expressa pelo amor fraternal, pela harmonia e cooperação voluntária na realização dos propósitos comuns do reino de Deus; IX – O Batismo e a Ceia do Senhor O batismo e a ceia do Senhor são as duas ordenanças da igreja estabelecidas pelo próprio Jesus Cristo, sendo ambas de natureza simbólica. 1 – O batismo consiste na imersão do crente em água, após sua pública profissão de fé em Jesus Cristo como Salvador único, suficiente e pessoal; 2 – Simboliza a morte e sepultamento do velho homem e a ressurreição para uma nova vida em identificação com a morte, sepultamento e ressurreição do Senhor Jesus Cristo e também prenúncio da ressurreição dos remidos; 3 – O batismo, que é condição para ser membro de uma igreja, deve ser ministrado sob a invocação do nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo; 4 – A ceia do Senhor é uma cerimônia da Igreja reunida, comemorativa e proclamadora da morte do Senhor Jesus Cristo, simbolizada por meio dos elementos utilizados: o pão e o vinho; 5 – Nesse memorial, o pão representa Seu corpo dado por nós no Calvário e o vinho simboliza o Seu sangue derramado; 6 – A ceia do Senhor deve ser celebrada pelas Igrejas até a volta de Cristo e sua celebração pressupõe o batismo bíblico e o cuidadoso exame íntimo dos participantes. X – Ministério da Palavra Todos os crentes foram chamados por Deus para a salvação, para o serviço cristão, para testemunhar de Jesus Cristo e promover o Seu reino, na medida dos talentos e dos dons concedidos pelo Espírito Santo. 1 – Entretanto, Deus escolhe, chama e separa certos homens, de maneira especial para o serviço distinto, definido e singular do ministério da Sua Palavra; 2 – O pregador da Palavra é um porta-voz de Deus entre os homens; 3 – Cabe-lhe missão semelhante àquela realizada pelos profetas do Velho Testamento e pelos apóstolos do Novo Testamento, tendo o próprio Jesus como exemplo e padrão supremo; 4 – A obra do porta-voz de Deus tem finalidade dupla: a de proclamar as Boas Novas aos perdidos e a de apascentar os salvos; 5 – Quando um homem convertido dá evidências de ter sido chamado e separado por Deus para esse ministério, e de possuir as qualificações estipuladas nas Escrituras para o seu exercício, cabe à Igreja local a responsabilidade de separá-lo, formal e publicamente, em reconhecimento da vocação divina já existente e verificada em sua experiência cristã; 6 – Esse ato solene de consagração é consumado quando os membros de um presbitério ou concílio de pastores, convocados pela Igreja, impõe as mãos sobre o vocacionado; 7 – O ministro da Palavra deve dedicar-se totalmente à obra para a qual foi chamado, dependendo em tudo do próprio Deus; 8 – O pregador do Evangelho deve viver do Evangelho; 9 – Às Igrejas cabe a responsabilidade de cuidar e sustentar adequada e dignamente seus pastores; XI – Mordomia Mordomia é a doutrina bíblica que reconhece Deus como Criador, Senhor e Dono de todas as coisas. 1 – Todas as bênçãos temporais e espirituais procedem de Deus e por isso os homens devem a Ele o que são e possuem e, também, o sustento; 2 – O crente pertence a Deus porque Deus o criou e o remiu em Jesus Cristo; 3 – Pertencendo a Deus, o crente é mordomo ou administrador da vida, das aptidões, do tempo, dos bens, da influência, das oportunidades, dos recursos naturais e de tudo o que Deus lhe confia em seu infinito amor, providência e sabedoria; 4 – Cabe ao crente o dever de viver e comunicar ao mundo o Evangelho que recebeu de Deus; 5 – As Escrituras Sagradas ensinam que o plano específico de Deus para o sustento financeiro de Sua causa consiste na entrega pelos crentes de dízimos e ofertas alçadas; 6 – Devem eles trazer à Igreja sua contribuição sistemática e proporcional com alegria e liberdade, para o sustento do ministério, das obras de evangelização, beneficência e outras; XII – Evangelização e Missões A missão primordial do povo de Deus é a evangelização do mundo, visando à reconciliação do homem com Deus. 1 – É dever de todo discípulo de Jesus Cristo e de todas as Igrejas proclamar, pelo exemplo e pelas palavras, a realidade do Evangelho, procurando fazer novos discípulos de Jesus Cristo em todas as nações, cabendo às Igrejas batizá-los a observar todas as coisas que Jesus ordenou; 2 – A responsabilidade da evangelização estende-se até aos confins da terra e, por isso, as Igrejas devem promover a obra de missões, rogando sempre ao Senhor que envie obreiros para a sua seara; XIII – Educação Religiosa O ministério docente da Igreja, sob a égide do Espírito Santo, compreende o relacionamento de Mestre e discípulo, entre Jesus Cristo e o crente. 1 – A palavra de Deus é o conteúdo essencial e fundamental nesse processo e no programa de aprendizagem cristã; 2 – O programa de educação religiosa nas Igrejas é necessário para a instrução e desenvolvimento de seus membros, a fim de “crescerem em tudo naquele que é a cabeça, Cristo”. Às igrejas cabe cuidar do doutrinamento adequado dos crentes, visando à sua formação e desenvolvimento espiritual, moral e eclesiástico, bem como motivação e capacitação sua para o serviço cristão e o desempenho de suas tarefas no cumprimento da missão da Igreja no mundo; XIV – Liberdade Religiosa Deus, e somente Deus, é o Senhor da consciência. 1 – A liberdade religiosa é um dos direitos fundamentais do homem, inerente à sua natureza moral e espiritual; 2 – Por força dessa natureza, a liberdade religiosa não deve sofrer ingerência de qualquer poder humano; 3 – Cada pessoa tem o direito de cultuar a Deus, segundo os ditames de sua consciência, livre de coações de qualquer espécie; 4 – A Igreja e o Estado devem estar separados por serem diferentes em sua natureza, objetivos e funções; 5 – É dever do Estado garantir o pleno gozo e exercício da liberdade religiosa, sem favorecimento a qualquer grupo ou credo; 6 – O Estado deve ser leigo e a Igreja livre. Reconhecendo que o governo do Estado é de ordenação divina para o bem-estar dos cidadãos e a ordem justa da sociedade, é dever dos crentes orar pelas autoridades, bem como respeitar e obedecer às leis e honrar os poderes constituídos, exceto naquilo que se oponha à vontade e à lei de Deus; XV – Morte Todos os homens são marcados pela finitude, de vez que, em consequência do pecado, a morte se estende a todos. 1 – A Palavra de Deus assegura a continuidade da consciência e da identidade pessoais após a morte, bem como a necessidade de todos os homens aceitarem a graça de Deus em Cristo enquanto estão neste mundo; 2 – Com a morte está definido o destino eterno de cada homem; 3 – Pela fé nos méritos do sacrifício substitutivo de Cristo na cruz, a morte do crente deixa de ser tragédia, pois ela o transporta para um estado de completa e constante felicidade na presença de Deus. A esse estado de felicidade as Escrituras chamam “dormir no Senhor”. 4 – Os incrédulos e impenitentes entram, a partir da morte, em um estado de separação definitiva de Deus. 5 – Na Palavra de Deus encontramos claramente expressa a proibição divina da busca de contato com os mortos, bem como a negação da eficácia de atos religiosos com relação aos que já morreram; XVI – Justos e Ímpios Deus, no exercício de sua sabedoria, está conduzindo o mundo e a história a seu termo final. 1 – Em cumprimento à sua promessa, Jesus Cristo voltará a este mundo, pessoal e visivelmente, em grande poder e glória; 2 – Os mortos em Cristo serão ressuscitados, arrebatados e se unirão ao Senhor; 3 – Os mortos sem Cristo também serão ressuscitados; 4 – Conquanto os crentes já estejam justificados pela fé, todos os homens comparecerão perante o tribunal de Jesus Cristo para serem julgados, cada um segundo suas obras, pois através destas é que se manifestam os frutos da fé ou os da incredulidade; 5 – Os ímpios condenados e destinados ao inferno lá sofrerão o castigo eterno, separados de Deus; 6 – Os justos, com os corpos glorificados, receberão seus galardões e habitarão para sempre no céu como o Senhor.
Base Doutrinária do que Cremos 1º) A aceitação das Escrituras Sagradas como única regra de fé e conduta; 2º) O conceito de Igreja como sendo uma comunidade local democrática e autônoma, formada de pessoas regeneradas e biblicamente batizadas; 3º) A separação entre Igreja e Estado. 4º) A absoluta liberdade de consciência. 5º) A responsabilidade individual diante de Deus. 6º) A autenticidade e apostolicidade das Igrejas. I- Escrituras Sagradas A Bíblia é a Palavra de Deus em linguagem humana. 1 – É o registro da revelação que Deus fez de si mesmo aos homens; 2 – Sendo Deus seu verdadeiro autor, foi escrita por homens inspirados e dirigidos pelo Espírito Santo; 3 – Tem por finalidade revelar os propósitos de Deus, levar os pecadores à salvação, edificar os crentes e promover a glória de Deus; 4 – Seu conteúdo é a verdade, sem mescla de erro, e por isso é um perfeito tesouro de instrução divina; 5 – Revela o destino final do mundo e os critérios pelo qual Deus julgará todos os homens; 6 – A Bíblia é a autoridade única em matéria de religião, fiel padrão pelo qual devem ser aferidas as doutrinas e a conduta dos homens; 7 – Ela deve ser interpretada sempre à luz da pessoa e dos ensinos de Jesus Cristo. II- Deus O único Deus vivo e verdadeiro é Espírito pessoal, Eterno, Infinito e Imutável; é Onipotente, Onisciente, e Onipresente; é perfeito em Santidade, Justiça, Verdade e Amor. 1 – Ele é o Criador, Sustentador, Redentor, Juiz e Senhor da história e do universo, que governa pelo Seu poder, dispondo de todas as coisas, de acordo com o Seu eterno propósito e graça; 2 – Deus é infinito em santidade e em todas as demais perfeições; 3 – Por isso, a Ele devemos todo o amor, culto e obediência; 4 – Em sua triunidade, o eterno Deus se revela como Pai, Filho e Espírito Santo, pessoas distintas mas sem divisão em sua essência. 1- Deus Pai Deus, como Criador, manifesta disposição paternal para com todos os homens. 1 – Historicamente, Ele se revelou primeiro como Pai ao povo de Israel, que escolheu consoante os propósitos de Sua graça; 2 – Ele é Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, a quem enviou a este mundo para salvar os pecadores e deles fazer filhos por adoção; 3 – Aqueles que aceitam a Jesus Cristo e nele creem são feitos filhos de Deus, nascidos pelo Seu Espírito, e, assim, passam a tê-lo como Pai celestial, dele recebendo proteção e disciplina. 2 – Deus Filho Jesus Cristo, um em essência com o Pai, é o eterno Filho de Deus. 1 – Nele, por Ele e para Ele foram criadas todas as coisas; 2 – Na plenitude dos tempos, Ele se fez carne, na pessoa real e histórica de Jesus Cristo, gerada pelo Espírito Santo e nascido da Virgem Maria, sendo, em Sua pessoa, verdadeiro Deus e verdadeiro homem; 3 – Jesus é a imagem expressa do seu Pai, a revelação suprema de Deus ao homem; 4 – Ele honrou e cumpriu plenamente a lei divina e revelou e obedeceu toda a vontade de Deus; 5 – Identificou-se perfeitamente com os homens, sofrendo o castigo e expiando a culpa de nossos pecados, conquanto Ele mesmo não tivesse pecado; 6 – Para salvar-nos do pecado, morreu na cruz, foi sepultado e ao terceiro dia ressurgiu dentre os mortos e, depois de aparecer muitas vezes a seus discípulos, ascendeu aos céus, onde, à destra do Pai, exerce o Seu eterno sumo sacerdócio. 7 – Jesus Cristo é o único Mediador entre Deus e os homens e o Único e Suficiente Salvador e Senhor; 8 – Pelo seu Espírito ele está presente e habita no coração de cada crente e na Igreja; 9 – Ele voltará visivelmente a este mundo em grande poder e glória, para julgar os homens e consumar sua obra redentora. 3 – Deus Espírito Santo O Espírito Santo, um em essência com o Pai e com o Filho, é pessoa divina. 1 – É o Espírito da verdade; 2 – Atuou na criação do mundo e inspirou os homens a escreverem as Sagradas Escrituras; 3 – Ele ilumina os homens e os capacita a compreenderem a verdade divina; 4 – No dia de Pentecostes, em cumprimento final da profecia e das promessas quanto à descida do Espírito Santo, Ele se manifestou de maneira singular, quando os primeiros discípulos foram batizados no Espírito, passando a fazer parte do Corpo de Cristo, que é a Igreja. Suas outras manifestações, constantes no livro Atos dos Apóstolos, confirmam a evidência de universalidade do dom do Espírito Santo a todos os que creem em Cristo; 5 – O recebimento do Espírito Santo sempre ocorre quando os pecadores se convertem a Jesus Cristo, que os integra, regenerados pelo Espírito, à Igreja; 6 – Ele dá testemunho de Jesus Cristo e o glorifica; 7 – Convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo; 8 – Opera a regeneração do pecador perdido; 9 – Sela o crente para o dia da redenção final; 10 – Habita no crente; 11 – Guia-o em toda a verdade; 12 – Capacita-o a obedecer a vontade de Deus; 13 – Distribui dons aos filhos de Deus para a edificação do Corpo de Cristo e para o ministério da Igreja no mundo; 14 – Sua plenitude e seu fruto na vida do crente constituem condições para uma vida cristã vitoriosa e testemunhante. III – O Homem Por um ato especial, o homem foi criado por Deus à Sua imagem e conforme a Sua semelhança e disso decorrem o seu valor e dignidade. 1 – Seu corpo foi feito do pó da terra e para o mesmo pó há de voltar; 2 – Seu espírito procede de Deus e para ele retornará; 3 – O criador ordenou que o homem domine, desenvolva e guarde a obra criada; 4 – Criado para a glorificação de Deus; 5 – Seu propósito é amar, conhecer e estar em comunhão com seu Criador, bem como cumprir Sua divina vontade; 6 – Ser pessoal e espiritual. O homem tem capacidade de perceber, conhecer e compreender, ainda que em parte, intelectual e experimentalmente, a verdade revelada, e tomar suas decisões em matéria religiosa, sem mediação, interferência ou imposição de qualquer poder humano, seja civil ou religioso; IV – O Pecado No princípio, o homem vivia em estado de inocência e mantinha perfeita comunhão com Deus. 1 – Mas, cedendo à tentação de Satanás, num ato livre de desobediência contra seu Criador, o homem caiu no pecado e assim perdeu a comunhão com Deus e dele ficou separado; 2 – Em consequência da queda de nossos primeiros pais, todos somos, por natureza, pecadores e inclinados à prática do mal; 3 – Todo pecado é cometido contra Deus, Sua pessoa, Sua vontade e Sua lei; 4 – Mas o mal praticado pelo homem atinge também o seu próximo; 5 – O pecado maior consiste em não crer na pessoa de Jesus Cristo, o Filho de Deus, como salvador pessoal; 6 – Como resultado do pecado, da incredulidade e da desobediência do homem contra Deus, ele está sujeito à morte e à condenação eterna, além de se tornar inimigo do próximo e da própria criação de Deus; 7 – Separado de Deus, o homem é absolutamente incapaz de salvar-se a si mesmo e assim depende da graça de Deus para ser salvo; V – Salvação A salvação é outorgada por Deus pela Sua graça, mediante arrependimento do pecador e da sua fé em Jesus Cristo como único Salvador e Senhor. 1 – O preço da redenção eterna do crente foi pago de uma vez por Jesus Cristo, pelo derramamento do seu sangue na cruz; 2 – A salvação é individual e significa a redenção do homem na inteireza do seu ser; 3 – É um dom gratuito que Deus oferece a todos os homens e que compreende a regeneração, a justificação, a santificação e a glorificação. A regeneração é o ato inicial da salvação em que Deus faz nascer de novo o pecador perdido, fazendo dele uma nova criatura em Cristo. É obra do Espírito Santo em que o pecador recebe o perdão, a justificação, a adoção como filho de Deus, a vida eterna e o dom do Espírito Santo. Nesse ato o novo crente é batizado no Espírito Santo, é por Ele selado para o dia da redenção final e é liberto do castigo eterno dos seus pecados. 1 – Há duas condições para o pecador ser regenerado: arrependimento e fé. O arrependimento implica mudança radical do homem interior, por força do que ele se afasta do pecado e se volta para Deus. A fé é a confiança e aceitação de Jesus Cristo como Salvador e a total entrega da personalidade a ele por parte do pecador. 2- Nessa experiência de conversão o homem perdido é reconciliado com Deus, que lhe concede perdão, justiça e paz. A justificação, que ocorre simultaneamente com a regeneração, é o ato pelo qual Deus, considerando os méritos do sacrifício de Cristo, absorve, no perdão, o homem de seus pecados e o declara justo, capacitando-o para uma vida de retidão diante de Deus e de correção diante dos homens. Essa graça é concedida não por causa de quaisquer obras meritocratas praticadas pelo homem mas por meio de sua fé em Cristo. A santificação é o processo que, principiando na regeneração, leva o homem à realização dos propósitos de Deus para sua vida e o habilita a progredir em busca da perfeição moral e espiritual de Jesus Cristo, mediante a presença e o poder do Espírito Santo que nele habita. Ela ocorre na medida da dedicação do crente e se manifesta através de um caráter marcado pela presença e pelo fruto do Espírito, bem como por uma vida de testemunho fiel e serviço consagrado a Deus e ao próximo. A glorificação é o ponto culminante da obra da salvação. É o estado final, permanente, da felicidade dos que são redimidos pelo sangue de Cristo. VI – Eleição Eleição é a escolha feita por Deus, em Cristo, desde a eternidade, de pessoas para a vida eterna, não por qualquer mérito, mas segundo a riqueza da sua graça. 1 – Antes da criação do mundo, Deus, no exercício da Sua soberania divina e à luz de Sua presciência de todas as coisas, elegeu, chamou, predestinou, justificou e glorificou aqueles que, no correr dos tempos, aceitariam livremente o dom da salvação; 2 – Ainda que baseada na soberania de Deus, essa eleição está em perfeita consonância com o livre-arbítrio de cada um e de todos os homens; 3 – A salvação do crente é eterna. Os salvos perseveram em Cristo e estão guardados pelo poder de Deus; 4 – Nenhuma força ou circunstância tem poder para separar o crente do amor de Deus em Cristo Jesus; 5 – O novo nascimento, o perdão, a justificação, a adoção como filhos de Deus, a eleição e o dom do Espírito Santo asseguram aos salvos a permanência na graça da salvação; VII – Reino de Deus O Reino de Deus é o domínio soberano e universal de Deus e é eterno. 1 – É também o domínio de Deus no coração dos homens que, voluntariamente, a Ele se submetem pela fé, aceitando-o como Senhor e Rei. É, assim, o reino invisível nos corações regenerados que opera no mundo e se manifesta pelo testemunho dos seus súditos; 2 – A consumação do reino ocorrerá com a volta de Jesus Cristo, em data que só Deus conhece, quando o mal será completamente vencido e surgirão o novo céu e a nova terra para a eterna habitação dos remidos com Deus; VIII – Igreja Igreja é uma congregação local de pessoas regeneradas e batizadas após profissão de fé. É nesse sentido que a palavra “igreja” é empregada no maior número de vezes nos livros do Novo Testamento. 1 – Tais congregações são constituídas por livre vontade dessas pessoas com finalidade de prestarem culto a Deus, observarem as ordenanças de Jesus, meditarem nos ensinamentos da Bíblia para a edificação mútua e para a propagação do evangelho; 2 – As Igrejas neotestamentárias são autônomas, têm governo democrático, praticam a disciplina e se regem em todas as questões espirituais e doutrinárias exclusivamente pelas palavras de Deus, sob a orientação do Espírito Santo; 3 – Há nas Igrejas, segundo as Escrituras, duas espécies de oficiais: pastores e diáconos. As Igrejas devem relacionar-se com as demais Igrejas da mesma fé e ordem e cooperar, voluntariamente, nas atividades do Reino de Deus. O relacionamento com outras entidades, quer seja de natureza eclesiástica ou outra, não deve envolver a violação da consciência ou o comprometimento da lealdade a Cristo e sua palavra. Cada Igreja é um templo do Espírito Santo; 4 – Há também no Novo Testamento um outro sentido da palavra “igreja”, em que ela aparece como a reunião universal dos remidos de todos os tempos, estabelecida por Jesus Cristo e sobre ele edificada, constituindo-se no corpo espiritual do Senhor, do qual Ele mesmo é a cabeça. Sua unidade é de natureza espiritual e se expressa pelo amor fraternal, pela harmonia e cooperação voluntária na realização dos propósitos comuns do reino de Deus; IX – O Batismo e a Ceia do Senhor O batismo e a ceia do Senhor são as duas ordenanças da igreja estabelecidas pelo próprio Jesus Cristo, sendo ambas de natureza simbólica. 1 – O batismo consiste na imersão do crente em água, após sua pública profissão de fé em Jesus Cristo como Salvador único, suficiente e pessoal; 2 – Simboliza a morte e sepultamento do velho homem e a ressurreição para uma nova vida em identificação com a morte, sepultamento e ressurreição do Senhor Jesus Cristo e também prenúncio da ressurreição dos remidos; 3 – O batismo, que é condição para ser membro de uma igreja, deve ser ministrado sob a invocação do nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo; 4 – A ceia do Senhor é uma cerimônia da Igreja reunida, comemorativa e proclamadora da morte do Senhor Jesus Cristo, simbolizada por meio dos elementos utilizados: o pão e o vinho; 5 – Nesse memorial, o pão representa Seu corpo dado por nós no Calvário e o vinho simboliza o Seu sangue derramado; 6 – A ceia do Senhor deve ser celebrada pelas Igrejas até a volta de Cristo e sua celebração pressupõe o batismo bíblico e o cuidadoso exame íntimo dos participantes. X – Ministério da Palavra Todos os crentes foram chamados por Deus para a salvação, para o serviço cristão, para testemunhar de Jesus Cristo e promover o Seu reino, na medida dos talentos e dos dons concedidos pelo Espírito Santo. 1 – Entretanto, Deus escolhe, chama e separa certos homens, de maneira especial para o serviço distinto, definido e singular do ministério da Sua Palavra; 2 – O pregador da Palavra é um porta-voz de Deus entre os homens; 3 – Cabe-lhe missão semelhante àquela realizada pelos profetas do Velho Testamento e pelos apóstolos do Novo Testamento, tendo o próprio Jesus como exemplo e padrão supremo; 4 – A obra do porta-voz de Deus tem finalidade dupla: a de proclamar as Boas Novas aos perdidos e a de apascentar os salvos; 5 – Quando um homem convertido dá evidências de ter sido chamado e separado por Deus para esse ministério, e de possuir as qualificações estipuladas nas Escrituras para o seu exercício, cabe à Igreja local a responsabilidade de separá-lo, formal e publicamente, em reconhecimento da vocação divina já existente e verificada em sua experiência cristã; 6 – Esse ato solene de consagração é consumado quando os membros de um presbitério ou concílio de pastores, convocados pela Igreja, impõe as mãos sobre o vocacionado; 7 – O ministro da Palavra deve dedicar-se totalmente à obra para a qual foi chamado, dependendo em tudo do próprio Deus; 8 – O pregador do Evangelho deve viver do Evangelho; 9 – Às Igrejas cabe a responsabilidade de cuidar e sustentar adequada e dignamente seus pastores; XI – Mordomia Mordomia é a doutrina bíblica que reconhece Deus como Criador, Senhor e Dono de todas as coisas. 1 – Todas as bênçãos temporais e espirituais procedem de Deus e por isso os homens devem a Ele o que são e possuem e, também, o sustento; 2 – O crente pertence a Deus porque Deus o criou e o remiu em Jesus Cristo; 3 – Pertencendo a Deus, o crente é mordomo ou administrador da vida, das aptidões, do tempo, dos bens, da influência, das oportunidades, dos recursos naturais e de tudo o que Deus lhe confia em seu infinito amor, providência e sabedoria; 4 – Cabe ao crente o dever de viver e comunicar ao mundo o Evangelho que recebeu de Deus; 5 – As Escrituras Sagradas ensinam que o plano específico de Deus para o sustento financeiro de Sua causa consiste na entrega pelos crentes de dízimos e ofertas alçadas; 6 – Devem eles trazer à Igreja sua contribuição sistemática e proporcional com alegria e liberdade, para o sustento do ministério, das obras de evangelização, beneficência e outras; XII – Evangelização e Missões A missão primordial do povo de Deus é a evangelização do mundo, visando à reconciliação do homem com Deus. 1 – É dever de todo discípulo de Jesus Cristo e de todas as Igrejas proclamar, pelo exemplo e pelas palavras, a realidade do Evangelho, procurando fazer novos discípulos de Jesus Cristo em todas as nações, cabendo às Igrejas batizá-los a observar todas as coisas que Jesus ordenou; 2 – A responsabilidade da evangelização estende-se até aos confins da terra e, por isso, as Igrejas devem promover a obra de missões, rogando sempre ao Senhor que envie obreiros para a sua seara; XIII – Educação Religiosa O ministério docente da Igreja, sob a égide do Espírito Santo, compreende o relacionamento de Mestre e discípulo, entre Jesus Cristo e o crente. 1 – A palavra de Deus é o conteúdo essencial e fundamental nesse processo e no programa de aprendizagem cristã; 2 – O programa de educação religiosa nas Igrejas é necessário para a instrução e desenvolvimento de seus membros, a fim de “crescerem em tudo naquele que é a cabeça, Cristo”. Às igrejas cabe cuidar do doutrinamento adequado dos crentes, visando à sua formação e desenvolvimento espiritual, moral e eclesiástico, bem como motivação e capacitação sua para o serviço cristão e o desempenho de suas tarefas no cumprimento da missão da Igreja no mundo; XIV – Liberdade Religiosa Deus, e somente Deus, é o Senhor da consciência. 1 – A liberdade religiosa é um dos direitos fundamentais do homem, inerente à sua natureza moral e espiritual; 2 – Por força dessa natureza, a liberdade religiosa não deve sofrer ingerência de qualquer poder humano; 3 – Cada pessoa tem o direito de cultuar a Deus, segundo os ditames de sua consciência, livre de coações de qualquer espécie; 4 – A Igreja e o Estado devem estar separados por serem diferentes em sua natureza, objetivos e funções; 5 – É dever do Estado garantir o pleno gozo e exercício da liberdade religiosa, sem favorecimento a qualquer grupo ou credo; 6 – O Estado deve ser leigo e a Igreja livre. Reconhecendo que o governo do Estado é de ordenação divina para o bem-estar dos cidadãos e a ordem justa da sociedade, é dever dos crentes orar pelas autoridades, bem como respeitar e obedecer às leis e honrar os poderes constituídos, exceto naquilo que se oponha à vontade e à lei de Deus; XV – Morte Todos os homens são marcados pela finitude, de vez que, em consequência do pecado, a morte se estende a todos. 1 – A Palavra de Deus assegura a continuidade da consciência e da identidade pessoais após a morte, bem como a necessidade de todos os homens aceitarem a graça de Deus em Cristo enquanto estão neste mundo; 2 – Com a morte está definido o destino eterno de cada homem; 3 – Pela fé nos méritos do sacrifício substitutivo de Cristo na cruz, a morte do crente deixa de ser tragédia, pois ela o transporta para um estado de completa e constante felicidade na presença de Deus. A esse estado de felicidade as Escrituras chamam “dormir no Senhor”. 4 – Os incrédulos e impenitentes entram, a partir da morte, em um estado de separação definitiva de Deus. 5 – Na Palavra de Deus encontramos claramente expressa a proibição divina da busca de contato com os mortos, bem como a negação da eficácia de atos religiosos com relação aos que já morreram; XVI – Justos e Ímpios Deus, no exercício de sua sabedoria, está conduzindo o mundo e a história a seu termo final. 1 – Em cumprimento à sua promessa, Jesus Cristo voltará a este mundo, pessoal e visivelmente, em grande poder e glória; 2 – Os mortos em Cristo serão ressuscitados, arrebatados e se unirão ao Senhor; 3 – Os mortos sem Cristo também serão ressuscitados; 4 – Conquanto os crentes já estejam justificados pela fé, todos os homens comparecerão perante o tribunal de Jesus Cristo para serem julgados, cada um segundo suas obras, pois através destas é que se manifestam os frutos da fé ou os da incredulidade; 5 – Os ímpios condenados e destinados ao inferno lá sofrerão o castigo eterno, separados de Deus; 6 – Os justos, com os corpos glorificados, receberão seus galardões e habitarão para sempre no céu como o Senhor.